segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Verdade

A verdade pode ser libertadora, ou pode ser sufocante.. é como a agua, tanto pode matar-nos a sede como nos pode afogar. Neste caso a verdade só me magoa.. Muito! Ao encarar a verdade, não posso sonhar, pois ela está sempre a assombrar-me os sonhos e a apagá-los da minha memória..
Há verdades que por muito que queiramos esconder, elas estão lá e magoam tanto que perdemos a força de inspirar e expirar.. O pior é que mesmo que a tentemos ignorar ela está sempre presente na nossa cabeça a ocupar o nosso cérebro por inteiro e o nosso coração.. Sei que por vezes a verdade não traz nada de bom.. Mas quando as pessoas são estúpidas ao ponto de querem a verdade mesmo que não lhes interesse para nada, só mesmo para se acharem as maiores e que são insubstituíveis.. A verdade afasta as pessoas de nós, isso dói e as pessoas não vem, pois estão obcecadas com o impossível e só isso importa.. Não percebem o outro lado, mas se também já foram Réu, porque é que quando se tornam Juízes são implacáveis? Se sabem como é porque não tem compaixão? Porque é que agem como se tivessem num podium e tivessem tudo aos seus pés? Há pessoas que nos complicam a vida.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sinto-me à deriva

Quanto mais tempo passa, mais eu deprimo. Sinto-me deslocada, como se não fizesse parte do puzzle que é a minha nova vida. Tenho dias que sorrio muito, outros que os passo sem sorrir, é como tudo, sim eu sei.. devia melhorar, mas não melhora.. Devia habituar-me, mas não me habituo.
Ando à deriva no meu barco imaginário, frágil, em risco de colisão contra um iceberg, espero que isso aconteça a qualquer altura honestamente.. Ser feliz e estar feliz, são duas coisas completamente diferentes.. e dói, quando atingimos a felicidade apenas por momentos e sabemos que ela não é segura.. não é aquela que precisamos para nos agarrar quando o barco vai ao fundo. Sinto medo. Todos os das, medo de não aguentar e começar a chorar à frente de todos e eles não perceberem o porquê? O problema está sempre à frente deles, apenas não o vem.. sou eu. O meu ser rebelde por natureza, sem poder ser dominado pela força do meu espírito longínquo, que foi enfurecido por um novelo de lá que foi feito em prole da minha vida.. Até que o cortaram e perdi tudo. Tive de recomeçar, mudei de casa, cidade, hábitos, amigos, e todo o tipo de mariquices que tinha, se foram! Fiquei só.. Só, triste e abandonada, sempre que passo pela deprimência da minha escola, penso que mal terei feito.. Para merecer estar ali. Não é por algumas pessoas.. é pelas infraestruturas, e outro resto de pessoas que, se não respirassem, ninguém dava por ela. Sinto que o mundo desabou e que está apenas seguro por um novelo de lã, em que ando a bambalear entre a loucura e a tristeza, sendo atraída cada vez mais para um dos lados, e é triste quando vemos pessoas a sorrirem connosco sem se aperceberem de como nos corre a vida.