terça-feira, 17 de maio de 2011

Sinto-me à deriva

Quanto mais tempo passa, mais eu deprimo. Sinto-me deslocada, como se não fizesse parte do puzzle que é a minha nova vida. Tenho dias que sorrio muito, outros que os passo sem sorrir, é como tudo, sim eu sei.. devia melhorar, mas não melhora.. Devia habituar-me, mas não me habituo.
Ando à deriva no meu barco imaginário, frágil, em risco de colisão contra um iceberg, espero que isso aconteça a qualquer altura honestamente.. Ser feliz e estar feliz, são duas coisas completamente diferentes.. e dói, quando atingimos a felicidade apenas por momentos e sabemos que ela não é segura.. não é aquela que precisamos para nos agarrar quando o barco vai ao fundo. Sinto medo. Todos os das, medo de não aguentar e começar a chorar à frente de todos e eles não perceberem o porquê? O problema está sempre à frente deles, apenas não o vem.. sou eu. O meu ser rebelde por natureza, sem poder ser dominado pela força do meu espírito longínquo, que foi enfurecido por um novelo de lá que foi feito em prole da minha vida.. Até que o cortaram e perdi tudo. Tive de recomeçar, mudei de casa, cidade, hábitos, amigos, e todo o tipo de mariquices que tinha, se foram! Fiquei só.. Só, triste e abandonada, sempre que passo pela deprimência da minha escola, penso que mal terei feito.. Para merecer estar ali. Não é por algumas pessoas.. é pelas infraestruturas, e outro resto de pessoas que, se não respirassem, ninguém dava por ela. Sinto que o mundo desabou e que está apenas seguro por um novelo de lã, em que ando a bambalear entre a loucura e a tristeza, sendo atraída cada vez mais para um dos lados, e é triste quando vemos pessoas a sorrirem connosco sem se aperceberem de como nos corre a vida.

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